Quais são os tipos mais comuns de vícios?
Os tipos de vício mais comuns são álcool, cigarro e drogas ilícitas. Contudo, o comportamento aditivo pode se apresentar, também, com relação a remédios — opioides ou não — e até com substâncias que não são químicas. Por exemplo, sexo, tecnologia, jogos de azar e alimentos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que as consequências dos vícios levam transtornos e síndromes que interferem nas funções pessoais. Além disso, o mesmo órgão reconhece que comportamentos viciosos são questões de saúde. Por esse motivo, é fundamental entender o que é vício e quais os principais tipos.
Ao fazer isso, é possível entender a hora de buscar ajuda e se tratar do transtorno e doenças relacionadas a ele. Nós, do Projeto Vida Maringá, preparamos este artigo com todas essas informações. Confira e lembre-se que você e quem você ama não estão sozinhos nesta!
1. Álcool
O álcool é a droga mais consumida no mundo. Mesmo que muitas pessoas usem essa substância apenas socialmente, o 1º Levantamento nacional sobre os padrões de consumo de álcool na população brasileira aponta que, em 2007, 12% da população brasileira tem algum problema com álcool.
Mesmo que as bebidas estejam inseridas em diversas culturas e, muitas vezes, relacionadas a celebrações e convenções sociais, é muito importante ficar atento à adicção. Em geral, o comportamento de uma pessoa alcoolista tem a ver com a frequência e quantidade do consumo das bebidas. Além, é claro, dos problemas que elas causam à sua vida.
2. Cigarro
O cigarro, tabaco, a nicotina e cigarros eletrônicos são outro vício muito comum na sociedade. Em 2019, 12,6% dos adultos brasileiros eram fumantes, como aponta o levantamento feito pelo Instituo Nacional do Câncer. Esse dado alarmante mostra que esse é um vício comum entre brasileiros.
É fundamental investir em atividades físicas e acompanhamentos médicos para manter as pessoas longe do tabagismo. Entre elas estão a psicoterapia e o acompanhamento com pneumologistas e educadores físicos.
Apesar de serem legalizadas e comuns à nossa sociedade, o álcool e o tabaco ainda são drogas perigosas. Contudo, ainda mais alarmante são as substâncias que não são regulamentadas pelos órgãos do governo. Então, veja mais sobre os vícios de drogas ilícitas!
3. Drogas ilícitas
Drogas ilícitas são aquelas cuja venda é proibida pelos órgãos públicos. As mais comuns são maconha, cocaína, crack e heroína. Além disso, há as chamadas drogas recreativas, como o ecstasy e o LSD. Apesar de terem o comércio proibido, esse tipo de substância é amplamente consumida no Brasil e no mundo.
A compra e consumo de substâncias ilícitas leva a consequências sérias. Entre elas estão o financiamento do crime organizado e a falta de padrão no que é vendido. Por esse motivo, muitas pessoas acabam consumindo solventes e demais compostos nocivos. Afinal, não há regulamentação sobre o que é vendido.
O Projeto Vida Maringá trabalha há mais de 20 anos na recuperação de dependentes químicos. A atuação tem sido fundamental para a reinserção de homens na sociedade e isso pode ser visto nos testemunhos dos nossos ex-pacientes.
Veja mais sobre os tipos de vícios em drogas ilícitas:
4. Maconha
A maconha é a droga ilícita mais consumida pelos brasileiros. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, até 2019, 7,7% dos brasileiros entre 12 e 65 já tinham consumido cannabis ao menos uma vez na vida. Por esse motivo, ela é uma das adicções mais recorrentes.
Atualmente, avanços têm sido feitos sobre o uso do óleo de canabidiol para tratamento de ansiedade e epilepsia. Contudo, a venda da maconha para fins recreativos ainda é proibida e pode levar ao vício.
5. Cocaína
A cocaína e o crack são drogas feitas a partir do mesmo princípio ativo. O vício nessa substância é uma questão de saúde pública, visto que ela é altamente viciante. Em geral, a cocaína é um estimulante, por isso, o cérebro acaba ficando dependente logo após a terceira vez de uso.
6. Crack
O crack é derivado da pasta base da cocaína e, assim como a outra droga, é altamente viciante. Ele é capaz de alterar quimicamente o cérebro, principalmente na região relacionada ao sentimento de recompensa. Por esse motivo, a cada uso a droga causa ainda mais dependência.
7. Heroína
A heroína é uma droga produzida a partir da morfina. Ela causa uma sensação elevada de prazer e, logo em seguida, bem-estar e sonolência. Algumas pessoas comparam seu efeito ao orgasmo. Contudo, o uso da substância facilmente leva ao vício.
Além do problema relacionado ao vício, a heroína, por ser injetável, também pode levar a quadros de AIDS e hepatite. Isso acontece porque muitos usuários acabam compartilhando agulhas e seringas, as quais deviam ser descartadas após o uso.
Se você ou alguém próximo precisa de ajuda para lidar com a dependência química, faça uma visita à sede do Projeto Vida em Maringá, Paraná, e descubra como é possível superar o vício.
8. Medicamentos
A automedicação pode levar ao vício em medicamentos. Além disso, há o risco da adicção aos opioides e antidepressivos. Por esse motivo, é preciso consumir os remédios apenas sob a orientação de um médico especialista.
Até medicamentos “corriqueiros” como a dipirona ou descongestionantes nasais podem ser viciantes. Então, não use remédios a não ser que tenha sido recomendado por um médico ou dentista. Lembre-se que é muito mais difícil largar uma adicção do que iniciá-la!
9. Alimentos
O vício em alimentos diz respeito à necessidade de comer de maneira compulsiva e incontrolável. Por esse motivo, ele está intimamente relacionado a transtornos alimentares como a obesidade, bulimia e a compulsão.
A Associação Nacional de Atenção ao Diabetes afirma que os alimentos liberam substâncias químicas no cérebro que são relacionadas ao prazer e à recompensa. Por isso, muitas comidas atuam como uma libertação ao sofrimento emocional e podem ser tão aditivas quanto o álcool ou cigarros!
10. Trabalho
Muitas companhias e pessoas valorizam aquele colaborador que “veste a camisa da empresa”. Contudo, isso pode levar a um problema sério se limites não forem estabelecidos: o vício em trabalho.
Ele se caracteriza pela busca constante da satisfação profissional, em que o indivíduo deixa as próprias necessidades e a família de lado.
Os workaholic (termo em inglês que se refere às pessoas viciadas em trabalho) são indivíduos que buscam provar para si mesmo e para os pares que conseguem realizar — e superar — as expectativas e demandas profissionais.
Um dos sintomas desse vício é trabalhar fora do horário sem a necessidade, sem haver demanda e sem ser solicitado.
11. Sexo
O vício em sexo é caracterizado pela dificuldade em controlar impulsos sexuais e pessoas diagnosticadas com ninfomania não são capazes de satisfazerem a si e ao parceiro. As causas desse vício são várias e pode levar a problemas mais sérios como a compulsão. Além disso, o vício em sexo pode ser devido, por exemplo, à influência da indústria pornográfica na cultura atual.
12. Jogos de azar
Os jogos de azar e as apostas também são viciantes, seja pela promessa de recompensas tentadoras ou pelo desespero para se livrar de uma crise financeira. Esse tipo de adicção pode levar à falência, perda de bens e posses, além de auxiliar no financiamento do crime organizado e milicias.
13. Tecnologia
A OMS reconhece o vício em tecnologia como uma patologia desde 2018. A sensação de recompensa e necessidade de provar algo para si ou para os pares é similar ao vício em trabalho. Contudo, no caso dos jogos online, a exaustão por ficar em frente à tela pode levar a quadros de presbiopia (vista cansada) e até paradas cardíacas.
Além dos jogos digitais, também há o vício em celular e redes sociais. Muitas pessoas ficam dependentes da vida virtual e sempre ser vistas pelos seguidores. A sigla em inglês para esse distúrbio é FOMO ou Fear Of Missing Out que, em tradução livre, é “medo de ser esquecido”.
Quais vícios o Projeto Vida pode ajudar?
O Projeto Vida atende dependentes químicos viciados em álcool e outras drogas. Esse trabalho é feito desde 1996 e já atendeu mais de 4 mil homens, dos quais mais de mil foram completamente reinseridos à sociedade e ganharam uma nova vida.
Para isso, o Projeto conta com uma equipe multidisciplinar que busca trabalhar as demandas dos pacientes de várias formas. Eles fazem acompanhamento médico, psicológico, nutricional e religioso. Tudo isso para que o dependente químico reencontre o seu propósito de viver.

Agora você conhece mais sobre os tipos de vício! Caso você ou alguém próximo precise de ajuda, não hesite em acolher. Esse ato pode salvar vidas! Algumas adicções são mais difíceis de serem notadas, como o trabalho e tecnologia. Contudo, lembre-se de ficar atento a todos os sinais.
Como referência no acolhimento e recuperação de dependentes químicos, há o Projeto Vida, localizado no distrito de Iguatemi, na cidade de Maringá, no Paraná. É uma organização sem fins lucrativos que conta com diversos colaboradores. Contribua para que esse programa continue salvando mais pessoas, veja como fazer a sua doação agora mesmo!